segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Vivendo e tentando aprender


São tantos os motivos que nos tornam imbecis
Nossa natureza humana
A falta de orientação
A péssima escola
Os amigos ruins
Os meios de comunicações prostituídos
A nossa acomodação
A maldade pessoal...

Passos em falso, passos em vão...
Falta determinação e sobra confusão
Falta um motivo para respirar
Falta informação, filosofia e arte
Falta mente boa em ebulição
Falta moldar o espírito
E cultivar o sorriso aconchegante do equilíbrio

Hipocritas e interesseiros são rasteiros
Tentarão te derrubar
E passar dias melhores sobre a tua dor
O homem forte joga sujo
O homem comum nem sabe que está jogando
O prazer de uns está relacionado com choro de outros
E nossas hipocrisias e interesses nos sabotarão também

Um derrotado, um calhorda ou um coração em paz?
Espelho, espelho meu... 
O que o tempo fará de mim?
Nossa existência voa
O tempo é curto
O que você vai fazer agora?
E nos instantes que virão?
E nos instantes que te restam?

A vida é fácil
O caminho é claro
Estar vivo é bom
Nós é que somos idiotas e estragamos tudo

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Desconforto


Tenho andado um pouco solitário
Tenho andando meio só
Não me sinto muito bem
Meus pensamentos derretem feito margarina ao sol
Cercado de paredes vivas
Que respiram ares que não são meus

Eu sigo em frente
Vago pelas casas como um fantasma
Mas não assusto mais ninguém
Atravesso cômodos silenciosos
E como o silêncio dói

Nó na garganta
Mente inquieta
Demônios assoviando
Unhas cheias de terra
Agarrando com força as raízes do chão
O que restou

O limbo deseja e seduz
Atrai e alimenta-se do espirito
Suga com voracidade
Devora almas e cospe lágrimas
Mas meus dedos fecham firmes
Me seguro e nego a rendição

Tenho te deixado solitária
Tenho te largado só
E não me sinto nenhum pouco bem
Meu peito amarga feito bitter com jiló
O ar que se respira é tóxico
Murcha os sonhos no quintal

Mas as raízes ainda são fortes

terça-feira, 15 de outubro de 2013

O selvagem capitalista


Hoje à noite, às vinte horas, no Cosmic Geografhic, transmitidos “intergalacticamente” para mais de 200 sistemas solares, você assistirá o programa “O Ser Humano”. Conheça esta peculiar criatura que habita o planeta Terra. Mandamos uma equipe de observação que captou imagens raras e impressionantes destes moradores da Via Láctea.
Humanos!
Nome científico: Homo Sapiens, do latim "homem sábio". Também chamado de pessoa, indivíduo, gente, sujeito ou cara...
Os humanos habitam o planeta terra. A terra é o terceiro planeta mais próximo do Sol. A terra, ou mundo como também é chamada pelos humanos, é o lar de milhões de espécies de seres vivos.
A espécie humana é dotada de um cérebro altamente desenvolvido, com inúmeras capacidades como linguagem, autoconsciência, racionalidade  e capacidade de solucionar problemas. Com sua inteligência, corpo ereto e polegares opositores, que tornaram suas mãos hábeis, os humanos conseguem manipular objetos com precisão e criar ferramentas e comportamentos capazes de alterar o ambiente a sua volta.
Nenhuma outra espécie do planeta atingiu tal grau de criação e destruição.
 Ao longo de sua história evolutiva os humanos desenvolveram primitivas e modernas estruturas sociais. De seu convívio surgiram tradições, rituais, leis e valores. A cultura gerou as mais belas expressões artísticas, a ignorância e o radicalismo geraram as maiores barbáries e guerras, a ganância, a indiferença e o consumismo geram constante sofrimento aos excluídos das diversas sociedades.
Os humanos conquistaram incrível expansão territorial e desenvolvimento tecnológico, mas infelizmente não conseguiram determinar um padrão evoluído de civilização e sua forma de existência desequilibra toda a vida no planeta.
Podemos definir esta criatura tão peculiar como “o selvagem capitalista”. São dotados de razão, embora permitam que seus instintos primitivos determinem suas ações. Utilizam a comunicação de massa não para integração, educação e desenvolvimento, mas para alienação e fomento de hábitos negativos. Permitem que as discussões mais superficiais tomem conta de seu cotidiano e ignoram a arte, o senso de coletividade e a coexistência sustentável.
É uma raça que persegue a sua extinção. São agrupados em tribos, mas cultivam o individualismo. Focam o prazer no consumo vazio e alguns sobrevivem explorando os mais fracos de sua espécie.
A vida precisa de água limpa, ar limpo e equilíbrio entre as espécies para existir em harmonia. O homem esgota recursos e não demonstra estar realmente preocupado com as conseqüências de suas ações. O selvagem capitalista ainda não percebeu que caminha para o seu fim, pois continua investindo em altos padrões de consumo e na degradação das virtudes de sua espécie.
A terra é um planeta hostil.
Belas roupas, mas índole comprometida.
Tecnologia de ponta, mas utilização nociva.
Corpos futuristas e almas cavernosas.
Homem moderno, homem selvagem de alma, de amor ao próximo, de cooperação, de harmonia com a natureza. Homem apaixonado pelo poder, arrogante e ambicioso. Homem individualista que não quer deixar legado, consolidar uma civilização evoluída, pacífica e duradoura.
Os humanos sangram o seu planeta e deixam um rastro de caos para as gerações futuras.
Vislumbre o orgulhoso ser humano do plante Terra.




quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Singela canção de amor! (no estilo Lemmy)



Drinques com querosene
Sexo hardcore
Porco assado inteiro
Empipocado
Meio cru
Briga de faca
Com estranhos
No escuro
Exagerei
Acordei ruim
To nem aí!





quarta-feira, 9 de outubro de 2013

2020



Em 2020 o mundo vai acabar
Em 2020 nós vamos virar macacos
Durante a revolução vamos queimar todo aquele que ousar pensar
Vamos viver sem culpa toda a ignorância mais vil

Em 2020 o mundo vai acabar
Em 2020 nós vamos virar macacos
Macacos brancos, macacos pretos, macacos coloridos
Vamos viver sem culpa toda a ignorância mais vil

Seja bem vindo a nova era dos símios
Toma uma banana pra ti
Abra o sorriso, você venceu

Eles cuidar de nós
Eles nos dar bananas
Bananas e nada mais
Então toma uma banana pra ti!
Porque 2020 é logo ali

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

A balada do boca negra




O pior dos venenos
Habita a rasteira pessoa
Que se alimenta
De plantar tempestades

Difama os outros
Adora provocar
É a má notícia
Faz amigo brigar

É um lazarento
O ar quer infectar
Vou sair de fininho
Pois quem brinca com fogo um dia vai se queimar

Vai gostar de instigar o mal assim lá em Bogotá
Até parece que você se alimenta de confusão
Essa boca grande ainda vai te matar
Porque não te calas e deixa em paz o meu coração

Boca negra
Boca de urubu
Fala de mim
Fala de tu
Boca grande
Fama pequena
Ave agourenta
Que mata a alma
E envenena

Você não nasceu
Foi cozido num caldeirão
Com malevolência
Serpentes e traição

Aranhas e sapos
Ódio do cão
Pitada de caos
Receita de maldição

Tu só pinga o limão
Nunca colheu o mel
E se ficar reclamando
É porque serviu o chapéu

Vai gostar de instigar o mal assim lá em Bogotá
Até parece que você se alimenta de confusão
Essa boca grande ainda vai te matar
Porque não te calas e deixa em paz o meu pobre coração

Boca negra
Boca de urubu
Fala de mim
Fala de tu
Boca grande
Fama pequena
Ave agourenta
Que mata a alma
E envenena