domingo, 5 de fevereiro de 2012




Menina da lua


                             

Foi um beijo da menina da lua que me fez despertar

Virei páginas de mundo, copos de vinho, Caminhos incertos

E fui descoberto

Sem prumo, sem rumo e agora estou aqui

Dei um basta no passado e pedi a lua nova

Que derramasse um pouco de mel em meus olhos

Ela foi generosa

Sem mapas do tesouro

Agraciou-me com uma tempestade de emoções



Com o beijo da menina da lua voltei a respirar

Havia sido anjo e demônio

Fui coração e desgraça

Fui glorioso e estraçalhado

Pelos outros e por mim

Não quero mais lua minguante

Em minha trilha

Quero cheiro de mato

Essência de campo e capim molhado

Num contínuo alvorecer



Bastou um beijo da menina da lua para ruir minha muralha

Fiquei desprotegido, acuado e sem medo

Com o luar a me acolher

Senti-me vivo pela luz da lua crescente

Percebendo que valia a pena seguir em frente

Até onde?... Ainda não sei...

E daí! Não importa!

Pelo menos a porta se abriu



O beijo da menina da lua me ensinou a escrever versos mais puros

Peneirei sonhos e ilusões, espantei planos de fumaça

Sacudi a poeira da alma

Lua cheia imponente

Pulsa forte e vibrante

Me leva para o infinito

Me leva para qualquer lugar

Encontrei o caminho de casa

Encontrei a mim mesmo


Houve um dia em que meu sorriso começou a renascer

Ela é uma anja? Ainda não sei, acredito que sim...

Apenas sinto que o beijo da menina da lua

Me transporta para um paraíso que é todo meu

Particularmente meu.


              Fraqueza é não saber de quem se gosta!


                                                                                                                      Para Lianja

Um comentário:

  1. Esse poema é cheio de mim que tá em ti. Te amo, mesmo como daquela vez lembra, e daquele dia, e daquela hora, sabe? Desde muito tempo meu querido. Bjos

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