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quinta-feira, 4 de junho de 2015

Boticário, marketing, capitalismo, sociedade e uma breve reflexão


  
Em seu último livro "Marketing 3.0", o guru mercadológico Philip Kotler defende que as marcas do futuro devem estar pautadas principalmente em dois fatores: sustentabilidade & reputação da marca.
Conforme o autor, poucas organizações atuam dentro desta ótica nos dias atuais. Mas esta é uma tendência inevitável para as marcas que desejem tornar-se relevantes para os clientes e garantirem a sua continuidade.
É uma nova tendência, que particularmente muito me agrada. Visualizar os gigantes do capitalismo não apenas utilizando seus recursos publicitários para competirem e induzirem ao consumo, mas para promover novos debates, posicionar-se em prol do desenvolvimento de uma sociedade justa e equilibrada. Enfim, tentar ocupar um lugar na mente do consumidor como uma marca do bem, que além de vender um produto ou um serviço, tenta dar a sua contribuição por um mundo melhor.
É um caminho árduo e que depende da conscientização das organizações. Parece distante, mas não impossível.
Claro que tudo pode ser uma enganação também. Empresas podem investir na criação de uma determinada imagem, mas na realidade, em seu processo produtivo, podem agir de outra forma. Mas com redes sociais, compartilhamento de informações, públicos e concorrentes fiscalizando, a sua "boa" imagem pode tornar-se um tiro no pé por ser falsa e, ainda, fortalecer as denúncias, vídeos e fotos que demonstrem o contrário.
Como disse Abraham Lincoln:"Você pode enganar uma pessoa por muito tempo; algumas por algum tempo; mas não consegue enganar a todas as pessoas por todo o tempo."
Portanto, para ser 3.0, uma marca precisa criar esta reputação positiva através de seu posicionamento estratégico, de sua atuação sustentável em todas as suas ações e de sua comunicação com a sociedade.



Mas o que é ser sustentável? Basicamente é possuir este quatro fatores:

1- Obter lucro

2- Respeitar pessoas

3- Preservar o meio ambiente

4- Atuar em prol da cultura e da diversidade

Apenas é sustentável quem atinge resultados de mercado sem prejudicar pessoas, meio ambiente ou questões de diversidade, seja racial, sexual, cultural, com relação a minorias... Enfim, exige um comportamento ético e em prol de uma sociedade melhor.
Parece até absurdo que em meio a este capitalismo voraz surja esta filosofia de gestão. Mas é o que defende Kotler e, pensando numa perspectiva de futuro, pode ser que as pessoas comecem a valorizar quem atua junto a elas e não quem apenas pensa nos seus ganhos.
Vai resolver os problemas do mundo? Não sabemos. E sim, parece um pensamento utópico. Mas este já demonstra ser um melhor caminho do que tradicionalmente as organizações estão seguindo hoje.

Algumas marcas já tem investido nessa linha de trabalho e obtido excelentes resultados, com comerciais que perpassam as mídias tradicionais e viralizam nas redes. 

Podemos até citar alguns:

Pantene - Emocionante comercial, aborda determinação, bullying, afeto com família, idosos...

 


Always - # Like a girl - Considerado o melhor comercial do último Super Bowl deste ano (horário mais caro da propaganda mundial). Aborda a violência simbólica no discurso que taxa de  "fazer algo como menina" de uma coisa negativa:

 


Aqui também temos uma orientação do Carrefour, sobre como agir com o público LBGTS, para os seus colaboradores:





E tivemos nesta semana o comercial do Dia dos namorados da Boticário:


  
O comercial da Boticário é uma bela produção. 
É atual, sutil, defende o amor e a diversidade.
O que mais chamou a atenção foi o tamanho da repercussão causada por uma mensagem discreta, que prima pela igualdade, mas que gerou inúmeros pedidos de boicote. 
Acaba sendo mais um indício de que há um crescente sentimento conservador e alguns posicionamentos religiosos radicais e perigosos no Brasil, que desejam uma sociedade mais dura e rígida com as minorias, desconsiderando as desigualdades sociais, a diversidade cultural da nação e contrariando toda a tendência abordada até aqui.
Esta percepção gera um certo receio com o futuro. Pois ainda há um longo percurso a ser percorrido. Mas, também, neste mesmo contexto, o comercial torna-se ainda mais relevante por estimular um debate atual e necessário.

Aos radicais, que não aprovaram o comercial e sugerem um boicote, dá até para aumentar o leque de marcas que devem ser boicotadas (todas elas defendem a diversidade sexual):

O Pastor Silas Malafaia terá trabalho em promover tanto boicote. Ainda mais que não poderá utilizar equipamentos tecnológicos, sistemas e nem redes sociais para continuar gravando e divulgando seus vídeos.

Clique e confira marcas e campanhas que apoiam a diversidade sexual:    http://aproveitaeboicota.tumblr.com/


Concordo que os exageros, independentemente de opção sexual, devem ser questionados (o que não é o caso do comercial da Boticário). Comportamentos obscenos em público, letras e coreografias sexistas de músicas, apelos sexuais inapropriados em novelas, programas de reality show, humor que deprecia minorias e a publicidades consumistas e irresponsáveis.
Acaba que o debate não é coerente. Muitos comportamentos questionáveis são aceitos pela sociedade que hipocritamente renega outros.

Itaipava - Vai Verão - Mais um vídeo que reduz a mulher a um objeto do prazer masculino:



Apenas um dos muitos equivocados comerciais da skol:



Skol acusada de apologia ao estupro. Campanha foi retirada por ordem judicial:





E, apenas para não perder o embalo do texto, todos os programa do Amaury Jr. Primeiro porque não é de bom gosto, é brega ao extremo. Exalta pessoas por troca de favores ou venda de cotas de patrocínio, numa falsidade de dar pena e, ainda, esfrega no rosto de uma população de baixa renda a ostentação esnobe de quem está no topo da cadeia de riquezas. É descaradamente uma gigantesca violência simbólica.



Ou a venda de produtos religiosos por preços astronômicos. Como as canetas ungidas para concursos:



Ou o sistema de campanha política que, independentemente de partidos, permite uma publicidade totalmente mentirosa e consome rios de dinheiro com mega produções, beneficiando aproveitadores e empresas investidoras.



Não julguemos os outros pelo que cegamente acreditamos. Precisamos cultivar a tolerância, o bom senso, a harmonia, tomarmos banhos de humanização e fazermos discussões mais efetivas por um mundo melhor.
Precisamos deixar de dar ouvidos para os barraqueiros equivocados de plantão. Tudo se discute na sociedade moderna, menos o que é importante para a sua transformação. Enfim, tem muita coisa pior para se preocupar do que a publicidade do Boticário. 
Quem sabe assim o mundo não fica um pouquinho melhor.





quinta-feira, 30 de abril de 2015

O mal venceu o Brasil que sonhávamos



 

Pois então meus caros, não foi desta vez!
Comemorávamos, achávamos que finalmente nosso país sairia do buraco e se tornaria uma nação de verdade. Digna e imponente. Visualizávamos a economia crescendo, políticas sociais melhorando a vida das pessoas, números positivos nos telejornais... Existiam problemas sim, graves problemas, mas havia esperança e coisas boas estavam acontecendo, gerando oportunidades para todos e, aparentemente, quebrando velhos paradigmas.
Brotava uma ponta de orgulho no machucado coração verde-amarelo. Sentíamos que iríamos mudar e construir uma nação melhor. Mas a vida é dura e pune os mais fracos.
Tudo não passava de uma ilusão e a realidade atual é um pesadelo.  É como se acordássemos sozinhos e desamparados num lugar estranho e muito perigoso. A impressão é de que "somente quem se corrompe se dá bem". É preciso apodrecer a alma, laquear o amor e esmagar pessoas sem piedade, desenvolver indiferença ao sofrimento alheio e explorar o semelhante e o meio ambiente para alcançar sucesso e riquezas. Aqui os coiotes tem vez. Escutei por aí: “Não estamos conseguindo encontrar uma luz no fim do túnel e nem sabemos mais onde está o túnel”.
A cada dia somos surpreendidos por notícias e constatações devastadoras: reduzem a verba da educação, aumento de salários de parlamentares, de juízes, aumento da verba dos partidos, surrupiam direitos dos aposentados, lei da terceirização, complicam regras para adquirir imóveis, benefícios para mega empresários, salários achatados, inflação voltou, juros altos, população perdendo capacidade de consumo, religiões fajutas e seus representantes medievais, endividamento, meio ambiente avassalado, falta de água, professores massacrados pela polícia, policiais que não agridem pelo sistema sendo presos, um monte de gente despreparada coordenando setores importantes e ocupando cargos públicos só porque ajudou nas eleições, ajustes fiscais que só cortam na carne do povo, enquanto a classe dominante e os políticos continuam com exagerados privilégios. Uma pesquisa recente, que avaliou questões como sustentabilidade, educação e tecnologia colocou o país na 84ª posição (weforum-2015), atestando que o futuro também não será fácil. E ainda acham que debater maioridade penal e beijo gay em novelas é a solução dos problemas.
É importante ressaltar também que nossa imprensa não é nenhum anjinho. O jornalismo convencional ou através das mídias sociais é tendencioso e hipócrita. Muitas notícias são ampliadas, minimizadas ou ocultadas para gerar paz para alguns setores e prejuízos para outros. A imprensa não cumpre um papel social e sim representa ou uma ideologia ou seus patrocinadores. Não se pode generalizar, mas grande parte dos conteúdos que chegam até nós estão contaminados por interesses dominantes de tal maneira que já nem mais sabemos o que é coerente ou invenção.
Uma das palavras da moda é o tal do Impeachment. Mas, sinceramente, não culpo a atual Presidenta, ela faz parte do problema, mas não consolidou a situação sozinha. Nós é que temos esta mania de malhar um Judas, de querer achar um culpado que sirva de vaso sanitário das nossas raivas e frustrações. Acreditamos tolamente que linchar alguém resolve o problema. A oposição de hoje, que está toda valente defendendo a ética e os bons costumes, até ontem estava junto neste “projeto de poder”, desfrutando de suas vantagens e contribuindo com a situação atual. Está batendo agora porque não porque quer mudanças e o melhor para o povo, mas porque deseja ditar as regras do jogo.
Não temos homens e mulheres em nossa política, temos uma matilha. Salvo raríssimas exceções, são monstros que mereciam ser cuspidos pelas ruas. Observamos apáticos nomes intragáveis nos cargos mais importantes do Senado, STF, Câmara de Deputados, Governos, Prefeituras e Vereadores. Escolha a escala, de municipal a federal, e comece a chorar.
O pior de tudo é que os políticos, com sua luta pelo poder, conseguiram influenciar, dividir o país e desviar o foco de atenção da população dos verdadeiros problemas (reforma política, distribuição de renda, impunidade, educação...). Nos reduziram a discursadores coxinhas ou bolivarianos que ficam por aí brigando de forma ridícula, no melhor estilo torcida de futebol.
O sociólogo espanhol Manuel Castells, em entrevista recente, sugeriu dissolver todo o Congresso Nacional e dar lugar a uma Assembléia Constituinte. “O grande problema do Brasil não é econômico, mas político. Se não for mudado o sistema político, a esperança de mudança se converterá em raiva coletiva e cinismo”.
Políticos assumiram um aspecto repugnante e nos tornamos um país excelente para os sujeitos de má índole. Exalamos falsidades de homens e mulheres "de bem" que fazem promessas na televisão e ganham prêmios de reconhecimento. Somos uma nação de mentiras. Mas é imperativo que assumamos nossa parcela de culpa: somos ignorantes sociais, muitas vezes mesquinhos, cegos pelos próprios interesses, não nos posicionamos de forma coletiva e humanizada, não fomentamos uma sociedade justa, sustentável, humanizada  e somos nós que colocamos essas pessoas no poder.
Você também não está achando o momento muito confuso? Assustadoramente confuso. Dizem que antes da tempestade vem a bonança. Assim espero. Pois deste cenário nefasto ou emana uma sociedade melhor ou caíremos em total desgraça.
Sabemos que tem gente torcendo para dar errado, que o caos gera dinheiro e oportunidades para malandros e aproveitadores. Essa gente ruim está adorando o momento que atravessamos. Vão se esbaldar como urubus.
Temos um país que é uma vergonha internacional em muitos sentidos. Não pela simplicidade ou culturas peculiares, pois este é um fator relativo e pessoas podem viver muito bem de formas diferentes, mas pela corrupção, pela falta de ética e pela incompetência em organizar-se.

Temos dinheiro, somos gigantes, mas somos fracos e apavorados. Não conseguimos correr na direção correta do desenvolvimento. Nos sentimos perdidos, falamos e fazemos besteiras porque estamos acuados e com medo do futuro.
Queremos um Brasil melhor  e vamos continuar trabalhando, fazendo a nossa parte. Eu, pelo menos, apesar das adversidades, vou tentar. Mas enquanto não mudarmos a essência de nossos pensamentos, vamos continuar neste cabo de guerra em que todos perdem.
Nem todos. Eles, lá em cima, continuarão ganhando.

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

A gente é cego porque quer



A ideia fixa, egoísta e ditatorial existe “igualzinha” na mente do conservador e do libertário. E justamente esta é a característica humana que tanto trava a evolução harmônica da sociedade. É cada um por si e ninguém por todos.
Existem diferentes discursos, diferentes culturas e existem diferentes apontamentos de caminhos para o progresso entre os estereotipados “populistas revolucionários xiitas”, “capitalistas ricos” ou “coxinhas classe média”, mas no fundo todos são pseudo-humanitários e coletivistas.
Não vamos generalizar, pois existem as raras almas iluminadas que passam por este mundo e nos honram com sua energia pura, agregadora e positiva. Mas fora os que não sabem de nada, os “deixe a vida me levar”, a maioria finge para si mesmo e para os outros que acreditam e defendem o bem comum, mas basta sentir o sabor do mel do poder escorrer no canto da boca que não desejam mais largar o cálice. É a famosa ganância, o ego humano, o vício de estar no centro, na crista da onda, de estar certo.  Adoramos ser bajulados e que reine o EU sobre o NÓS, pois na hora do “vamos ver” é melhor que o amado e temido seja eu, ou minha turma. E nessa hora o bem coletivo vai para o ralo, porque defendemos nosso lado com intensidade, inclusive pisando nos outros se for necessário.
Somos humanos, somos farinha do mesmo saco, quase nunca percebemos a verdadeira essência dos ensinamentos das religiões que seguimos e não visualizamos até onde vai a nossa ilusão. Nossos princípios dependem de nossa visão de mundo, de nossas experiências, de nossas leituras e infelizmente fomos criados assim: competitivos, vaidosos e desconfiados.
Às vezes batemos no peito e nos preocupamos demais com o homem simples que pode facilmente ser manipulado pelas estruturas dominantes de poder. Defendemos que ele precisa ser educado e conscientizado, que a culpa de muitos problemas sociais derivam de sua falta de discernimento da realidade. Mas o que dizer dos ditos intelectuais que também perpetuam esta cadeia de caos. A cegueira crítica não tem status, o “ser deslumbrado e enganado” parece estar presente em nosso DNA.
É cada um com a sua ideologia, paixão, fé ou loucura.
Com relação a senso de coletividade, a grande maioria é tão troglodita quanto uma torcida fanática de futebol ou extremistas religiosos. São radicais em seus posicionamentos e não visualizam os meios termos, apenas defendem com argumentos mais ou menos elaborados a sua cegueira.
Pode ser necessidade de sentir-se parte de algo maior, de um grupo, de sentir-se importante perante a sociedade, de ser o líder dominante, de saciar a dúvida de estar cumprindo seu plano terreno ou puro narcisismo. Pode ser muita coisa da complexa “insociável sociabilidade humana”.
Valorizamos o que conhecemos, o que julgamos nosso e menosprezamos o alheio. Queremos mesmo é mandar! Não existe discernimento, bom senso, apenas passos firmes numa marcha pré-ensaiada rumo à vitória. A minha vitória. A vitória de meus interesses. Mas quase nunca a vitória da humanidade e do coletivo. E creio ser este o grande aprendizado que necessitamos: conviver harmoniosamente com o próximo e com o ambiente que nos cerca.
Analise bem, são tempos confusos. Quase nunca sabemos onde a verdade realmente está, quem é mocinho e quem é bandido neste globalizado e moderno mundo. Acabamos agindo por impulso e, muitas vezes, nos posicionando erroneamente.
 A gente fica aí, brigando nas tribunas, nas urnas, nas redes sociais e brigando para sobreviver. E a mídia jogando gasolina, buscando audiência e lucro enquanto esquemas públicos e privados rolam soltos. Nada muda porque é muito interesse e muita alienação.
Na política é assim também. Partidos são quase iguais porque são compostos por pessoas. Podem até possuir diferentes ideologias e propostas de gestão, mas vão acabar beneficiando as suas pessoas e as suas alianças em detrimento de uma cidade, de um estado ou de uma nação. Sempre foi e provavelmente sempre será assim. A não ser que aconteça uma verdadeira revolução cultural, uma profunda mudança no sistema e que as pessoas deixem de ser menos bairristas, menos hipócritas e menos aproveitadoras.
Ainda não há vacina para nossa arrogância, para nossa maldade. Mas por sorte existe educação, belas artes, filosofia coletiva, fé e amor ao próximo. Sempre há esperança. Existe gente do bem tentando e uma nova geração pode ser formada com novos valores. É nisto que devemos focar.
Precisamos de pessoas menos cegas por seus ídolos, sejam eles da música, da TV, da ciência, da religião ou da política. Precisamos bajular menos e cobrar mais resultados dos gestores públicos, independentemente de suas origens. Precisamos ser menos barraqueiros e mais agregadores, pensando harmoniosamente e coletivamente por soluções que beneficiem a todos. Precisamos aprender a nos colocarmos no lugar do outro, de suas dores, de seus sentimentos, aprender a conviver com novas culturas. Precisamos aprender a querer ver todos felizes e não apenas nos beneficiarmos da exploração dos recursos naturais e das pessoas.
Vamos sonhar por uma sociedade melhor. Pode ser utopia, mas eu sonho.


sábado, 6 de setembro de 2014

Boa música: o fermento do clássico


    Como reconhecer uma música verdadeiramente boa?
    Em primeiro lugar uma música verdadeiramente boa irá variar de indivíduo para indivíduo, dependerá de sua capacidade de decodificação, de compreensão e de seus mapas mentais.
  Você pode analisar tecnicamente, apenas avaliar os danos emocionais que causa em seus sentimentos ou então nem se importar com nada e apenas sentir o que você se permite sentir.
   Enfim, é arte, é cultura, é livre, uns valorizam mais, outros menos, outros nem racionalizam sobre o tema.
    E música também é polêmica. Ficar divagando sobre o tema vai longe e a intenção não é refletir sobre qualidade, apenas relatar um insight, um pensamento que ocorreu neste que vos escreve. Sem pressões, sem defender o que é certo ou constatações cientificas. São apenas percepções que podem ou não fazer sentido para quem embarcar nessa breve leitura.
    Me ocorreu que uma boa música, um bom disco, um clássico, eles demoram para ficarem bons. Podem nascer com sucesso ou não, mas vão crescendo a cada audição.
 Tem que ir escutando, descobrindo coisas novas, suas peculiaridades, suas texturas e sensações.
   Aos poucos, com o tempo, você vai percebendo novas camadas, novas nuanças, a arte acontecendo, o inusitado, a técnica apurada, a simplicidade genial, a experimentação, a poesia, a coragem, o contexto da criação, as inspirações utilizadas, o perfil dos músicos... Tudo se soma, se mescla e a boa música, um álbum clássico, ele vai devagarinho crescendo dentro de sua mente.
    Quando percebe-se, ele transcende o tempo, fica gigante. Torna-se eterno.
   Este creio ser o maior encanto da música, proporcionar acesso a este fantástico universo.
    Deixe a música fazer parte de sua vida, permita-se sentir, fuja do trivial, do infectado produto comercial das massas que apenas te conduz a compassos pré programados do consumo que devora a beleza do mundo. A vida é curta e você pode encontrar uma inesgotável fonte de prazer.
   Escutar música desta forma, aproveitando plenamente as suas possibilidades, é um exercício mental, exige um certo esforço, mas tem suas recompensas.... 
   Use seus ouvidos, sua mente, sua alma... Use a música e seja mais feliz.

terça-feira, 29 de julho de 2014

Mude sua vida agora!



Mude sua vida agora!
Depois não adianta chorar o tempo desperdiçado.

Você possui hábito de leitura?
Você consegue interpretar textos?
Sua formação cultural é rica ou baseada apenas na TV e nas redes sociais?
Você sabe trabalhar em equipe?
Você se comunica bem, exerce liderança?
Você fala bem em público?
Você fala inglês ou alguma língua estrangeira?
Você sabe montar um projeto?
Você é proativo e disciplinado?
Você é ético?
Você controla suas emoções?
Você domina as novas tecnologias?
Você sabe buscar informação e gerar resultado?
Você acha que está preparado para sobreviver na sociedade do futuro?

A melhor resposta é que o tempo está ao seu favor e que agora você pode dar para sua vida o rumo que desejar.
Existe um momento em que precisamos parar, pensar, avaliar as opções que temos, avaliar como conduzimos nossa existência e planejar os dias que virão. Nada de “deixe a vida me levar”, pois ela pode te levar para o fundo do poço sem que você perceba. Quanto mais cedo tomamos a decisão sobre qual caminho percorrer, e se formos batalhadores, mais cedo também chegarão as tão desejadas oportunidades.
Espero que este momento seja agora: mude a sua vida!
A vida não é um morango encantado. A realidade é dura, competitiva e nada cai de graça das nuvens. Pode até acontecer um golpe de sorte, mas será uma exceção. Garantido é que quando você está por baixo raramente alguém lhe estende a mão. Então meus caros, tome uma atitude, comece agora, assuma a sua responsabilidade, lute com todas as suas forças, aja corretamente e busque o seu lugar ao sol.
Vejo muita gente, que deixou o tempo escapar, reclamando de sua situação atual “Me formei e não ganho bem, não valeu a pena”... “Não consigo emprego”... “Essa cidade é ruim” ... “Meu chefe é um chato” ... “A culpa é do professor” ... “A culpa é dos meus pais”. Só existe um responsável: você. Um diploma é fundamental, mas ele pouco acrescenta para um estudante relapso, que pode até concluir o seu curso, mas jamais será um profissional destacado. Vencem os criativos, os corajosos, os determinados, os preparados, os diferenciados... Os superficiais e desperdiçadores de tempo choram e viram fossas de azedume ou simplesmente se acomodam e esperam os seus dias passarem.
Você revoluciona o seu mundo. O slogan do projeto Super Calouro sintetiza esta filosofia. Você é o responsável pelas suas conquistas. Você precisa compreender o mundo que lhe cerca, escolher o caminho que deseja trilhar e batalhar pelas suas vitórias. A hora é agora. O tempo é já. Avalie suas forças e suas fraquezas, trace o seu plano de evolução. Cada segundo desperdiçado será cobrado no futuro. O legado de sua vida será o resultado do seu foco de estudos, de leituras, de experiências, de trabalho, de ética e de dedicação.
Daqui a 4 ou 5 anos você olhará para trás e dirá se valeu a pena. Espero que esteja satisfeito com sua trajetória, com suas vitórias e que continue sonhando. Sobreviva, ajude a construir um mundo melhor. O dom da existência nos é concedido para evoluir e consolidar uma sociedade próspera e harmoniosa. Desligue a TV de baixa qualidade, essa música ruim, toda esta ostentação, desconecte-se um pouco... Fuja das alienações, dessa sociedade doente que insiste em te puxar para trás, em te derrotar. Seja a evolução que você merece.
Boa sorte, pois a jornada é longa e sinuosa. Mas se você realmente desejar, você consegue.
Tudo está em suas mãos. O seu futuro começa agora.




terça-feira, 15 de julho de 2014

A boa música nacional não está morta




A boa música nacional não está morta.
Apesar da infecção quase que generalizada de funks, sertanejos, arrochas, ostentações, bizarrices e afins, ainda existem desgarrados, músicos e poetas, que salvam a pátria de nossos ouvidos.
Quem procura, quem garimpa e não fica alimentando sua alma apenas com o que toca nas rádios, na TV e é considerado mainstream nas redes sociais acaba privilegiando sua sanidade mental e o seu divertimento.

Aqui vão algumas singelas indicações sonoras:



Metá Metá

Trupe Chá de Boldo

Letuce

O Terno

Thiago Pethit


O Lendário Chucrobillyman


Tulipa Ruiz

Rinoceronte

Apanhador Só

Mombojó

Criolo

Vanguart

Wado

Hillbilly Rawhide
Motorocker
Boogarins

Selvagens à Procura de Lei



Vitor Ramil


Mustache e os Apaches

Bandinha Di Dá Dó

Damn Laser Vampires

E tem os que continuam mandando bem:


Nação zumbi

Titãs
Caetano Veloso

Arnaldo Antunes

Sepultura

Wander Wildner

Cachorro Grande

Tom Zé



Ratos de Porão

Marcelo Nova

Erasmo Carlos