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quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Entre tapas e coices



- Como vai vossa bizarrice?
- Como tem passado ser repugnante?
- Calhorda!
- Patife!
- Esdrúxulo!
- Energúmeno!
- Facínora!
- Vil criatura!
- Você é sem sal, sem alma.
- Você é o filhinho que a mamãe errou.

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- Nossa, que horror! Eles são amigos não é?
- Não. São amantes. E sarcasticamente... Se amam.
- Gente é uma coisa esquisita né?
- Sim. Cada qual com seu sabor de felicidade.

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Como venero-te



Ver-te-ei passeando de padiola e presentear-lhe-ei com um buquê de copo de leite.



P. S.  Não é dedicada a ninguém, apenas um insight sob a perspectiva da descoberta de uma palavra nova. Melhor deixar bem claro. rs

terça-feira, 22 de abril de 2014

Rosa de menina em flor


Era tão especial, tão meiga, tão perfeitinha. Nasceu com pele alva, cabelos loiros, olhos azuis e bochechas fartas que pediam apertões e viviam rosadas. Cresceu sendo a engraçadinha, a fofinha, o bebê de propaganda que vivia cativando a todos com sua sublime imagem e com um sorriso enebriante que desmanchava até o mais duro dos corações. Falava tudo corretamente, era educada, obediente, estudiosa, respeitava os pais, os mais velhos, levava o seu prato até a pia, ajudava a lavar a louça... Era um anjinho. Jamais causava preocupação alguma a sua doce mãe e tão pouco alguma decepção ao orgulhoso papai. Menina de ouro. Virou adolescente, só tirava 10, sentava na frente, não conversava, não se distraía, pedia silêncio aos colegas, levantava a mão quando queria falar, impressionava pela oratória, ganhava as competições de ciência, era a preferida dos professores e dos funcionários da escola. Vivia impecável em suas roupas claras, sempre combinando, com muito bom gosto, artigos da moda atual. Usava maquiagem leve e cabelo simetricamente cortado. Sempre com postura ereta, fazia balé e tinha estilo, era imponente ao movimentar-se. Devota, toda santinha, não aceitava saliência dos meninos, mesmo dilacerando corações juvenis. Casaria pura, após um namoro comportado, isto era certo. Era considerada a mais bonita da sala, do colégio, da cidade... Desfilava para lojas e saía no jornal. Destacava-se nos esportes, na natação, no vôlei, na esgrima, nas danças, no karatê, no vídeo game e praticava alpinismo. Era prendada, bordava, sabia cozinhar, sabia como organizar uma mesa e adorava receber convidados. Criava com muito carinho e visitas semanais ao pet shop, dois gatos persa, um casal de canários, um yorkshire terrier, um pug e um shih tzu. E como cantava, era dona de uma voz sublime, afinadíssima, além de dominar o violino e estar aprendendo piano. Era uma rosa de menina em flor. Ela era superior, caminhava sem tocar os pés no chão, teria um futuro brilhante, casaria com o melhor dos homens, teria o mundo aos seus pés. E num belo dia, após voltar da costureira que estava dando os últimos retoques no seu inigualável vestido branco para o baile de debutantes do clube social, após chegar em casa e estar solitária no aconchego do banheiro brilhante de seu lar, sentiu algo estranho movendo-se em seu interior, um leve desconforto querendo escapar de sua barriguinha branca e esbelta, sentiu um pouco de medo, mas concentrou-se para terminar logo o que havia começado sem fazer barulho. Afinal de contas, princesas não fazem barulho. Percebeu que um elemento estranho saía de dentro de seu corpinho. Resolveu olhar e, para seu espanto e comoção, viu que uma rosa havia brotado de seu cu.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Orgulho do papai




Esses dias estava passando na TV e me prestei a assistir o Crepúsculo - Amanhecer I (mórbida curiosidade, porque para falar mal tem que ter visto pelo menos). Credo que coisa bizarra, superficial, mal feita, um novelão brega... Um Vampiro pedófilo e meio retardado com 300 anos de idade pegando menininha sem graça do colegial que gosta de se esfregar no lobisomem inimigo dele... Pausa para risos: huauauahuahuhua. Tudo numa salada de frutas sem nexo, que não serve para nada a não ser para rir.
Se você tiver mais de 14 anos e se emocionou com a história procure um psicólogo urgentemente. 
Mas enfim, quem me orgulhou foi minha filha, ela me perguntou:
- Papai, qual o poder da Bela?
- Eu não sei minha filha.
E ela, geniosamente me responde:
- Eu sei, é a chatice.

Óhhhh orgulho do papai.